A escassez de água já é uma realidade em diversos locais do nosso país e de todo o planeta. Notícias sobre restrições no abastecimento hídrico e secas são mais comuns do que gostaríamos e devem se tornar cada vez mais frequentes.
A má gestão dos recursos, somada às mudanças climáticas, podem agravar a crise hídrica. Confira as previsões para os próximos anos, os impactos da falta de água e como prevenir a piora dessa situação a seguir!
O que é a crise hídrica?
Esse é o termo utilizado para descrever a falta de água doce, tanto em quantidade, quanto em qualidade suficientes para atender às necessidades de um determinado local, país ou até mesmo de todo o planeta.
Pode ser causada por múltiplos fatores, incluindo mudanças climáticas como secas e temperaturas elevadas, desmatamento, poluição da água, gestão inadequada e má distribuição dos recursos hídricos, aumento da demanda de água e mais.
Crise hídrica no Brasil
Vivemos um cenário de crise hídrica que vem se aprofundando há pelo menos uma década e que, eventualmente, compromete o abastecimento de água em grandes metrópoles.
Entre 2013 e 2015, por exemplo, os reservatórios do sistema Cantareira, um dos principais responsáveis pelo abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, chegaram a operar com o “volume morto”, a reserva de água mais profunda das represas.
Outros centros urbanos já passaram ou passam por dificuldades similares. O pior registro de crise hídrica em cerca de 90 anos foi em 2021, quando os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste ficaram com apenas 23,01% de suas capacidades, devido à falta de chuvas.
Futuro da crise hídrica no Brasil e no mundo
Segundo uma pesquisa da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), as principais bacias hidrográficas brasileiras podem ter sua disponibilidade de água reduzida em até 40% em 2040.
As bacias do Norte, do Nordeste e de parte do Centro-Oeste devem ser as mais afetadas pela escassez. Além disso, o número de trechos de rios intermitentes, ou seja, que ficam secos em algumas épocas, pode aumentar substancialmente.
A nível mundial, 2 a 3 bilhões de pessoas sofrem com falta de água por pelo menos um mês no ano, o que representa cerca de 30% da população global, de acordo com dados da Unesco. Entre a população urbana, o número de habitantes que enfrentam escassez de água deve dobrar: em 2016, eram 930 milhões, e em 2050, a previsão é que sejam 2,4 bilhões.
Quais são as consequências da crise hídrica?
Os efeitos que já acontecem e podem ocorrer são:
- Impactos na agricultura, reduzindo a produção de alimentos, aumentando preços e gerando insegurança alimentar;
- Escassez de água para consumo humano;
- Problemas na geração de energia de fonte hidrelétrica;
- Perda da biodiversidade, afetando a vida de animais e plantas.
O que podemos fazer para enfrentar a escassez dos recursos hídricos?
Algumas maneiras de reduzir os impactos da crise hídrica incluem:
- Consumo consciente de água, reduzindo ao máximo o desperdício em atividades domésticas, industriais e agropecuárias;
- Reutilização, utilizando ferramentas e tecnologias apropriadas para coletar água da chuva, por exemplo;
- Proteção das áreas de nascentes e florestas;
- Investimentos em infraestruturas para expansão e modernização dos métodos e sistemas de abastecimento e tratamento.
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